Os desastres e emergências causam diversos tipos de impactos à saúde mental das pessoas afetadas diretamente (população e profissionais). Dentre as consequências possíveis, estão: ruptura da rotina, perda de referências, perda de trabalho e fontes de renda, isolamento social, ansiedade, angústia, síndrome do estresse pós-traumático e suicídio.
É comum também o abuso do uso de drogas e medicamentos, além de situações de violência física, psicológica e sexual.
Retomando o caso do município de Bandeira...
Na Cena 10 da UA III, Módulo 5, Fábio, responsável pelo Caps do município de Bandeira, apresenta suas preocupações com os efeitos do desastre na saúde mental da população afetada e apresenta aos colegas do COE-S um plano de resposta à situação.
José Marcos e Fábio apresentam também ao COE-S suas preocupações com a saúde e o bem-estar dos trabalhadores que realizam o resgate e o socorro das vítimas. Muitas vezes, esses profissionais se tornam vítimas, já que trabalham em condições inadequadas e permeadas por imprevistos, sob forte tensão e em risco permanente. Os dois, então, propõem a inclusão desses trabalhadores nas ações e medidas do setor saúde voltadas para a resposta. Era fundamental proteger quem estava cuidando da população, visto que eram muitas horas ininterruptas de trabalho, com exposição a diversos riscos e em contato direto com a lama tóxica e com situações traumáticas.
Em 2020, diante da preocupação mundial com as consequências geradas pelo novo coronavírus, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez uma declaração sobre o impacto da pandemia de Covid-19 na saúde mental das pessoas. Segundo ele, “o isolamento social, o medo de contágio e a perda de membros da família são agravados pelo sofrimento causado pela perda de renda e, muitas vezes, de emprego".
A OMS alerta que crianças e jovens isolados de amigos e da escola e profissionais de saúde são os grupos mais vulneráveis a esse problema.
No Brasil, concomitantemente a todos esses problemas, percebe-se o aumento dos casos de violência doméstica.
Nos Estados Unidos, entrevistas com médicos e enfermeiros que estão na linha de frente do combate à Covid-19 mostraram que eles experimentam uma combinação de pânico, ansiedade, tristeza, entorpecimento, irritabilidade, insônia e pesadelos. No entanto, o tema “saúde do trabalhador” é negligenciado nos planos de preparação e resposta diante de situações de desastres e emergências.
Reconhecendo a importância das ações de cuidado e apoio psicossocial, visto os impactos da pandemia da Covid-19 na saúde mental dos profissionais de saúde, o Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes) da Fiocruz estruturou um Grupo de Trabalho em Saúde Mental e Atenção Psicossocial durante a pandemia de Covid-19 que produziu inúmeras cartilhas relacionadas ao tema, incluindo uma específica para os trabalhadores dos serviços de saúde.
Vejam algumas matérias sobre o tema:
Para desenvolver a apresentação do grupo no seminário, fiquem atentos às seguintes orientações: