
Prazo: 2 semanas
Produto: Quadro com ações do COE-Saúde e respectivos atores/setores considerando as diferentes temporalidades
Os eventos adversos exigem a coordenação e a articulação de profissionais de diferentes setores para ações de preparação e resposta. A coordenação intersetorial é feita pelo COE-Geral, que deve ser estruturado na 1ª etapa da elaboração do PPR, e que com seu caráter multidisciplinar e multissetorial agrupa diversos setores governamentais (níveis federal, estadual e municipal) e não governamentais, além de setores privados e empresas. O COE-Saúde é uma estrutura organizacional que tem como objetivo promover a resposta coordenada por meio da articulação intrasetorial e da integração de diversos atores (representantes da sociedade civil e moradores, ONGs, entre outros) que podem ser envolvidos. A sua estruturação permite combinar tomadas de decisões baseadas na análise dos dados e informações sobre a evolução do desastre ou ESP, de modo a subsidiar a definição de estratégias e ações adequadas e oportunas. Assim, a primeira ação a ser realizada para responder a um evento adverso, seja ele um desastre ou uma ESP, é a ativação do COE-Saúde.
Na Cena 6, foi descrita a reunião do COE-Saúde com atores de diversos setores do município de Bandeira. Mas quem deve compor o COE-Saúde?
O COE-S deve integrar e articular profissionais das diversas áreas do setor saúde (Atenção Básica, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Urgências e Emergências, Atenção Psicossocial e Saúde Mental, entre outras). Cada uma dessas áreas já tem suas responsabilidades definidas na atuação cotidiana. Em situação de emergência ou desastre, essas responsabilidades devem ser integradas em processos que resultem nas respostas necessárias, mantendo o funcionamento normal dos serviços de rotina. Para tanto, é importante consultar documentos institucionais e conhecer muito bem a estrutura organizacional e os processos do setor saúde do seu município ou estado. Outro ponto importante é construir coletivamente uma matriz de cenários e responsabilidades contendo o cenário ou evento adverso, sendo tanto as áreas da secretaria de saúde como os órgãos municipais os responsáveis pelas respostas. Lembramos que é importante que os profissionais envolvidos no COE tenham, além de outras características desejáveis (liderança, proatividade etc.), capacidade decisória. O número de setores envolvidos depende da estrutura organizacional do setor saúde presente no município ou estado. No entanto, ressaltamos a importância de envolver nessa tarefa todos aqueles necessários a uma resposta eficiente. (FREITAS et al., 2018, p. 35-36).
No entanto, o COE-Saúde não deve atuar somente no momento do desastre/emergência, devendo se reunir antes, durante e após o evento para o planejamento de ações de prevenção, resposta e recuperação, bem como para análise das lições aprendidas com o envolvimento de diversos setores, como atenção, promoção e vigilância à saúde, além de outros setores.
Para realizar esta atividade, é preciso conhecer a organização do setor saúde do seu município ou estado por meio do organograma ou outros documentos.
Veja exemplos de organogramas e de atores sugeridos para compor o COE-Saúde (promoção, vigilância, atenção à saúde, além de logística, recursos humanos, comunicação e informação) do Guia de preparação e resposta do setor saúde aos desastres:
Organograma da Secretaria Municipal de Saúde de um município do estado da Bahia
Fonte: Freitas (2018, p. 37).
Organograma da Secretaria Municipal de Saúde de um município do estado de São Paulo
Fonte: Freitas (2018, p. 38).
Exemplos de instituições das esferas federal e estadual que podem ser convidadas a compor o COE-Saúde no caso de desastres tecnológicos
Fonte: Freitas (2018, p. 41).
Para realizar esta atividade, faça o download do arquivo Quadro – Atores/setores e ações do COE-Saúde, completando-o com as informações solicitadas nos itens a seguir:
Envie o arquivo por meio da ferramenta Envio de Atividades do AVA.
É importante lembrar que conforme a situação de normalidade volte a se instalar no local, deve-se reduzir a intensidade das ações de resposta, ou seja, desmobilizar as equipes de resposta. Uma das primeiras ações a serem realizadas nesse momento é a desativação do COE-Saúde para a gestão na etapa de manejo e resposta.