UNIDADE I
Gestão de risco de emergências e desastres em saúde pública

Gestão de risco de emergências e desastres em saúde pública

Nas Cenas 4 e 5, os profissionais de saúde do município de Bandeira, apesar de reconhecerem as consequências e os danos graves ao meio ambiente e à população afetada pelo rompimento da barragem de mineração, sentem-se paralisados diante da situação:

Alguns profissionais não compreendiam a importância do setor saúde como parte integrante do processo de gestão dos riscos no médio e longo prazos, especialmente no que tange à redução de riscos futuros que afetariam o território.

Profissional de saúde do município

Além disso, a situação vivenciada exigia que fossem pensadas não apenas ações de resposta imediata ao desastre, mas também de recuperação e reconstrução, assim como de prevenção, para evitar que outros desastres como aquele ocorressem em municípios com situação similar.

No marco de proposição das funções essenciais da saúde pública (Fesp), sistematizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a redução do impacto das emergências e desastres em saúde é a décima-primeira de todas as 11 funções essenciais (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

Ainda de acordo com esse marco, destacamos três das quatro ações constitutivas dessas Fesp:

• O desenvolvimento de políticas, o planejamento e a realização de ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e reabilitação para reduzir o impacto dos desastres sobre a saúde pública.
  
• Um enfoque integral com relação aos danos e à origem de todas ou de cada uma das emergências ou desastres possíveis na realidade do país.
  
• A participação de todo o sistema de saúde e a mais ampla colaboração intersetorial e interinstitucional na redução do impacto de emergências ou desastres.
  

Nesta atividade, estamos utilizando como referência as funções essenciais da saúde pública (Fesp) que foram definidas pela Opas para as Américas. Destacamos que no documento A gestão da saúde nos estados: avaliação e fortalecimento das funções essenciais, elaborado em 2007 pelo Conass e pela Opas, o Brasil optou por priorizar outro tema em lugar dos desastres. Assim, algumas funções essenciais foram estabelecidas de forma diferente das de outros países das Américas, como é o caso de Argentina, Uruguai e Colômbia.

Tendo como base os exercícios e registros realizados anteriormente, ajude os profissionais de saúde do município a organizar as ações a serem desenvolvidas em cada etapa do processo de gestão de risco. Acesse e estude os materiais de subsídio, faça download do arquivo Quadro – Organização das ações e complete o quadro, organizando as ações já iniciadas, bem como as que serão necessárias no futuro.