Avaliação dos danos e necessidades de saúde
da população afetada – ADAN
Em uma situação de desastre e/ou emergência, o setor saúde deve agir visando garantir o atendimento da população local atingida, sem a sobrecarga e a desorganização de outros serviços de saúde. No entanto, para organizar suas ações, é necessário, primeiramente, que sejam realizadas as seguintes ações:
- avaliar os danos e necessidades da população afetada;
- identificar, no caso de mortes e doenças, as principais causas de morbidade e mortalidade – perfil de morbimortalidade;
- desenvolver um sistema de informação/comunicação do setor saúde para identificar epidemias e orientar as intervenções necessárias.
A avaliação de danos e necessidades é a identificação e o registro qualitativo e quantitativo, da extensão, gravidade e localização dos efeitos de um evento destrutivo. Ela pode ser classificada de acordo com o seu alcance (geral ou específica) e pelo momento em que é realizada (preliminar; intermediária ou complementar; final):
- avaliação de danos e necessidades preliminar – rápida (primeiras 8-24 horas);
- avaliação de danos e necessidades intermediária ou complementar – a duração depende da magnitude do evento;
- avaliação de danos e necessidades final – retorno da normalidade.
O instrumento de coleta de dados – ADAN-SUS – deve conter:
- análise preliminar – informações gerais, impacto sobre a população, impacto sobre a rede de saúde, impacto sobre os serviços públicos (envolvendo água e saneamento), condições de acesso.
- em casos de existência de abrigos – dados gerais, dados demográficos, situação de saúde, situação sanitária, controle de vetores, cozinha.
- recursos adicionais – medicamentos, insumos, profissionais de saúde, transporte, unidades de atendimento provisórias, laboratório móvel, unidade de tratamento de água, recursos financeiros e grupos vulneráveis.