
A etapa de resposta compreende as ações que serão executadas após a ocorrência de um desastre, mas que foram preparadas antes dele (na etapa de preparação) e têm por objetivo salvar e manter vidas, reduzir o sofrimento humano e diminuir as perdas materiais.
Neste módulo abordaremos as principais ações do setor saúde na etapa de manejo/resposta diante de situações de emergências e desastres. São elas:
Para compreender melhor a proposta deste módulo e sua dinâmica, ouça o áudio a seguir do pesquisador Carlos Machado de Freitas.
A etapa de resposta compreende as ações que serão executadas após a ocorrência de um desastre ou emergência, mas que foram preparadas antes dele, na etapa de preparação, e tem por objetivo salvar vidas, reduzir o sofrimento humano e diminuir as perdas materiais. Neste módulo, abordaremos as principais ações do setor saúde na etapa de manejo/resposta frente a situações de emergência e desastre, sendo elas: a ativação do COE-Saúde; avaliação dos danos e necessidades de saúde da população afetada (ADAN); ações de resposta do setor saúde às emergências e desastres; e desativação do COE-Saúde, assim como a avaliação das ações realizadas, chamadas lições aprendidas.
É importante reforçar, no entanto, que todas as ações iniciadas na etapa de manejo/resposta devem ser previamente planejadas, na etapa de preparação para a resposta, que estudamos no Módulo 3 deste curso. Diferentemente da dinâmica dos demais módulos, o Módulo 5 não será iniciado por uma cena relatando os acontecimentos e desdobramentos ocorridos no município de Bandeira. Tal fato se justifica pela razão de ali as ações de manejo/resposta frente ao desastre terem sido iniciadas imediatamente após a ocorrência do evento, sem qualquer planejamento ou preparação prévia.
A etapa de manejo/resposta do setor saúde no município de Bandeira inicia-se quando o secretário de saúde (personagem Francisco), imediatamente após a ocorrência do evento, convoca todos os representantes das áreas de saúde para uma reunião de emergência, ativando o COE-Saúde. O que ocorreu em Bandeira, uma resposta sem preparação previa, é exatamente o que ocorre na maioria dos casos de emergências e desastres no Brasil. Essa dinâmica foi assim pensada propositalmente, para despertar em você, aluno, uma reflexão. Seria essa a melhor forma de agir? Ou é possível haver antes um planejamento ou preparação para enfrentamento mais eficaz e efetivo, poupando recursos e salvando vidas?
No futebol, nosso esporte nacional favorito, há uma máxima de que treino é treino, jogo é jogo. Se a etapa de preparação é o momento em que as equipes e seus recursos são preparados para enfrentar os diferentes cenários, com um conjunto de estratégias e ações combinadas, a etapa de resposta é o momento do jogo. E no jogo muita coisa diferente do planejado, do preparado, pode ocorrer. Daí a importância de se estar sempre bem preparado para este momento, e lidar com as incertezas e os imprevistos. O que exige um treinamento contínuo, para formar as equipes que vão atuar nos cenários reais.
Uma breve história, talvez uma lenda, conta que na Copa de 1958, antes do jogo com a União Soviética, Feola, que era o técnico da seleção brasileira, reuniu todo o time e fez uma preleção de como os jogadores deveriam jogar e que sequência de passes deveriam realizar para marcar o gol. Garrincha, assim como todos os outros jogadores, ouviu atentamente a preleção, e do seu jeito, meio gaiato, fez a seguinte pergunta: o senhor já combinou isso com os russos? Bem, no final da história, o Brasil ganhou por 2 a 0 da União Soviética. Mas a principal lição da pergunta do Garrincha é simples: Independente de se ter uma boa seleção e estar bem treinado, a hora do jogo é diferente da do treino. O momento da resposta é aquele em que o planejado se encontra também com as incertezas, o imprevisível e, por vezes, o imponderável. Bom jogo para todos!