Sistemas de informação da saúde
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes)
Documento público e sistema de informação oficial de cadastramento de informações acerca de todos os estabelecimentos de saúde do país, independentemente de sua natureza jurídica ou integração com o Sistema Único de Saúde. Trata-se do cadastro oficial do Ministério da Saúde no tocante à realidade da capacidade instalada e mão de obra assistencial de saúde no Brasil em estabelecimentos de saúde públicos ou privados, com convênio SUS ou não. O Cnes é a base cadastral para operacionalização de diversos sistemas, tais como: Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), Sistema de Informação Hospitalar (SIH), e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB), entre outros. Esse sistema integra todas as informações relacionadas aos recursos físicos e humanos disponíveis para uso do SUS, permitindo aos gestores saber qual o volume de equipamentos disponíveis para prestar assistência à saúde de sua população. Com ele é possível saber, por exemplo, número de consultórios, número de equipamentos para suporte à vida, número de profissionais que atuam no estabelecimento com carga horária semanal, quais modalidades de assistência são prestadas e muito mais informações.
Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab)
O Siab é um instrumento muito importante no planejamento das equipes. Porém, é necessário salientar que as fichas para coleta de dados são, na maioria das vezes, produzidas pelos agentes comunitários de saúde (ACS) a partir de informações referidas na visita domiciliar (VD). O Siab nos permite conhecer características importantes das famílias cadastradas: quantidade de pessoas por sexo e faixa etária, doenças referidas, alfabetização, ocupação, informações de saneamento e moradia, dentre outros aspectos fundamentais para o levantamento de vulnerabilidades e grupos vulneráveis para a preparação da resposta a emergências e desastres.
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)
É alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria de Consolidação n. 4, de 28 de Setembro de 2017, anexo V - Capítulo I), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, como varicela no estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo. Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo, assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e a tornem disponível para a comunidade. É um instrumento relevante para auxiliar no planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções.
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus)
O sistema disponibiliza informações que podem servir para subsidiar análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde. Apresenta dados de morbidade, incapacidade, acesso a serviços, qualidade da atenção, condições de vida, fatores ambientais, além de informações sobre assistência à saúde da população, redes hospitalares e ambulatoriais, informações demográficas e socioeconômicas, dentre outros.
Editado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, é uma publicação de caráter técnico-científico, de acesso livre, em formato eletrônico, com periodicidade mensal e semanal para os casos de monitoramento e investigação de doenças específicas sazonais. Ele se configura como instrumento de vigilância para promover a disseminação de informações relevantes qualificadas, com potencial para contribuir com a orientação de ações em saúde pública no país. No Boletim Epidemiológico são publicadas descrições sistematizadas de monitoramento de epidemias e doenças com potencial para desencadear emergência de saúde pública; análises da situação epidemiológica de doenças e agravos de responsabilidade da SVS; relatos de investigação de surtos e de outros temas de interesse da vigilância em saúde para o Brasil.
A Sala de Situação em Saúde funciona como um instrumento de elaboração de diagnósticos situacionais por meio das análises de condições de saúde de uma determinada população. Nesse sentido, a informação de saúde é o subsídio para o planejamento e para a gestão. É uma importante ferramenta na gestão, monitoramento e avaliação em saúde. (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, 2020).
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs)
Atualmente, os Cievs compõem a Rede Nacional de Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública, que conta com 54 centros ativos em todo o Brasil, assim distribuídos: representações em 26 estados, uma no Distrito Federal, 26 nas capitais e uma estratégica em Foz do Iguaçu/PR. Os Cievs têm atuação direta na resposta rápida às emergências de saúde pública por meio das seguintes ações: